Figura
1 – Parasitas que causam patologias aos peixes – Créditos à II Seminário de Aquicultura
do Estado do Amapá: Boas Práticas de Manejo para a Saúde de Peixes - Cheila de
Lima Boijink – Embrapa.
A
prevenção das enfermidades é a melhor medida que se pode adotar para manter a
saúde de todos os animais, inclusive dos peixes. Quando uma enfermidade aparece
é indicativo de um descuido nas medidas higiênicas. É muito importante observar
as instalações dos fornecedores de alevinos, assim como o número de perdas depois
da aquisição das formas jovens ou mesmo peixes adultos.
A utilização da quarentena seja ela na piscicultura ou aquarismo, tem como objetivo principal, prevenir a entrada de agentes externos como: parasitas, bactérias, fungos ou vírus, assegurando a saúde e procedência de novos plantéis, que devem estar comprovadamente livres de patógenos.
A utilização da quarentena seja ela na piscicultura ou aquarismo, tem como objetivo principal, prevenir a entrada de agentes externos como: parasitas, bactérias, fungos ou vírus, assegurando a saúde e procedência de novos plantéis, que devem estar comprovadamente livres de patógenos.
Os peixes podem chegar enfermos a
sua propriedade! Mantê-los durante três semanas em um tanque separado, para que
possam ser examinados e observados; é de fundamental importância. Os peixes que
estiverem enfermos devem ser separados, pois podem ser portadores de agentes
patógenos, assim se estes permanecerem junto aos outros peixes, pode
desencadear patologias de difícil controle.
O local de quarentena deve ser
isolado dos tanques comunitários, deve possuir entrada e saída de água
particular. De preferência, essa área reservada à quarentena deve estar situada
próxima a uma estrada em que um transporte possa alcançar sem ter que passar
pelos demais tanques e viveiros (BEZERRA; SILVA, 2010). A água do quarentenário
sendo independente possibilita a desinfecção das respectivas linhas do sistema,
indica-se ainda que os equipamentos e utensílios utilizados na quarentena sejam
específicos para essa unidade, não entrando em contato com os demais tanques. Também é recomendado que se construa um pedilúvio e um rodolúvio de uso obrigatório, para evitar contaminações cruzadas (PAVANELLI; EIRAS; TAKEMOTO,
2008).
Medidas
tomadas contra qualquer desencadeamento de doenças contagiosas;
◦ Sanitária;
◦ Limpeza;
◦ Desinfecção;
◦ Controle
de trânsito de pessoas, animais e de veículos;
◦ Descartes
e efluentes;
◦ Controle
de segurança de instalações;
◦ Quarentena.
Variáveis
que disparam os gatilhos para a instalação de patologias e alterações
ambientais de importância para a manutenção da sanidade dos organismos que
estão sendo criados (Figura 2).
Procedimentos
recomendados para a quarentena, biossegurança e o manejo sanitário:
1) CONSCIENTIZAR
OS FUNCIONÁRIOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
PARA O SUCESSO DA PRODUÇÃO E CRESCIMENTO DA EMPRESA;
2) REALIZAR A QUARENTENA
ANTES DE INTRODUZIR NOVOS EXEMPLARES NA PISCICULTURA;
3) MANTER UM SETOR DE
BERÇÁRIO ISOLADO DOS OUTROS LOCAIS DA PISCICULTURA;
4) APLICAR UM BOM MANEJO
NUTRICIONAL;
5) RETIRAR DIÁRIAMENTE
EXEMPLARES MORTOS OU MORIBUNDOS DOS TANQUES OU VIVEIROS E DAR UM DESTINO
ADEQUADO AOS MESMOS;
6) REALIZAR A INSPEÇÃO
SANITÁRIA DE ROTINA COM EXAMES ICTIOPARASITOLÓGICOS E BACTERIOLÓGICOS;
7) REALIZAR A DESINFECÇÃO
DE UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS DE USO ROTINEIRO COMO PUÇAS, REDES, ROUPAS DE
TRABALHO E ETC, FAZER A FUMIGAÇÃO DE CAMINHÕES E CAIXAS DE TRANSPORTE (Figura
3).
8) TRATAR OU ELIMINAR
PLANTEIS DE PEIXES INFECTADOS COM AGENTES QUE PERMITAM TRANSMISSÃO VERTICAL
(ISTO É DE MÃE PARA FILHO);
9) MANTER SOB CONTROLE
AS POPULAÇÕES DE OUTROS ANIMAIS COMO: ROEDORES, CÃES, GATOS, AVES, ANFÍBIOS,
RÉPTEIS ENTRE OUTROS. ELES PODEM SER VETORES DE DOENÇAS OU ZOONOSES.
Figura 2 – Gatilhos para os surtos das patologias -
Créditos: Alberto J. P. Nunes - 2007.
Para desinfecção aplicar um produto a base de ácido paracético, ácido acético e peróxido de hidrogênio, após a limpeza total das superfícies e áreas de processo industrial a aplicação deve ser feita com a concentração de 0,2% a 0,5%, à temperatura ambiente, permanecendo pelo tempo mínimo de 10 minutos.
Figura 3. Desinfecção e sanitização de utensílios e
veículos - Créditos: Alberto J. P. Nunes - 2007.
“A
limpeza e desinfecção não devem ser tratadas como simples preocupações estéticas, mas como medidas profiláticas de
suma importância para a criação”.
Bibliografias:
Cheila de Lima
Boijink - II Seminário de Aquicultura do Estado do Amapá: Boas Práticas de
Manejo para a Saúde de Peixes – Embrapa.
KARIELLE M.
BEZERRA - Controle Sanitário na
Piscicultura - IMPERATRIZ – MA
2010.
PAVANELLI, G. C.; EIRAS, J.
C.; TAKEMOTO, R. M. Doenças de Peixes, profilaxia, diagnóstico e tratamento.
Maringá: UEM, 2008, 311pp.
POSTAGEM: LEANDRO MATTIAZZO & MAURO CAETANO
FILHO
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