“Taron: isca mais
utilizada na pescaria”, isto apenas é um trocadilho muito utilizado pelos pescadores, quando não pegam nada usam o taron de cheque!
Dizem que a cada dia de
pescaria aumenta dois dias na nossa sobrevivência. Nesta postagem comentarei
essa atividade esportiva, relaxante e emocionante que é a captura de seres tão
interessantes, “os peixes”.
Ensinar alguém a pescar é
uma tarefa difícil, pois cada pescador tem o seu jeito, a sua tralha e a espécie preferida. Entretanto darei algumas dicas sobre espécies e
as iscas mais utilizadas.
Piau 03 pintas (Leporinus friderici):
é uma pescaria muito gostosa, relaxante e emocionante para praticar a pesca
esportiva (pesque e solte). Para atrair
os peixes é interessante fazer uma ceva com milho, soja ou farelos.
Eu adoro pescar esses
peixes com uma vara de bambu de 02 a 03 metros, com linha 0,30, chumbo e anzol
pequeno. A isca é aquela massinha a base de farinha, fubá, ração pra peixe
farelada e uma pitada de sal.
Como fazer: misturar todos
os ingredientes, acrescentar água fervente e amassar até apresentar a
consistência firme. Entre uma fisgada e outra, pegar um pedaço e ir preparando
uma nova bolinha de isca. Utilizar também milho, soja ou minhoca.
Piraputanga (Brycon microleps):
ação, emoção e muita perecia. A sua carne é deliciosa.
A pesca desta espécie pode
ser feita com vara de bambu, molinete ou carretilha, anzol (2/0 a 6/0). A Piraputanga
parece aprendiz de dourado da grandes saltos e por isso é muito esportiva.
As iscas são várias,
massas, lambaris, filé de outros peixes, minhoca, soja, milho e tuvira.
Outras espécies de Brycons
como a Piracanjuba e Matrinxã também podem ser pescadas como se pesca a
piraputanga.
Piauçu ou piavussu (Leporinus
macrocephalus): é uma delícia a pescaria desta
espécie, quando está comendo não existe pescador que não “forre a cartucheira” de tanto fisgar esse peixe. O piavussu é muito
esportivo, porém não é muito apreciado pelos mioespinhas em lombo. Más na mão
de um bom cozinheiro se torna uma iguaria.
Vivem nas
margens dos rios, embaixo de camalotes e entrada de corixos. É um peixe de
escamas coloridas e não muito grande, pesando no máximo quatro quilos e medindo
60 cm de comprimento. É muito arisco e qualquer barulho o afasta do local. Pode
ser pescado em toda a estação de pesca no pantanal, que vai de fevereiro a
outubro. Seu tamanho mínimo permitido é 40 cm.
As iscas mais utilizadas são caranguejos,
caramujos, camarão, minhoca, soja, milho e massas. Deve-se fisgar ao se sentir toques curtos na linha, pois o piauçu
costuma roubar a isca com extrema rapidez. Mantenha a embreagem do seu molinete
ou da sua carretilha bem regulada, pois este peixe briga muito tomando vários
metros de linha antes de ser embarcado.
A esportividade está em
usar uma tralha leve ou varas telescópicas ou de bambu. A linha deve ser 0,30 a
0,40 mm e o anzol também deve ser pequeno (2/0 a 5/0). Deve-se utilizar equipamento de ação média,
composto por uma vara para linhas de 10 a 20 lbs, carretilha ou molinete com
capacidade para armazenar 100 m de linha 0,40mm de diâmetro, chumbada móvel na
linha.
Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887)
(pacu, pacu-caranha ou pacu-guassu)
O pacu é uma espécie reofílica, que faz
migração reprodutiva e trófica pela bacia do rio da Prata, mais especificamente
nos rios Paraná e Paraguai, tendo ampla distribuição pelos rios do Pantanal.
Tem regime alimentar onívoro: come frutos, folhas, flores, caranguejos, restos
de peixes e outros animais mortos, assim como plâncton, nas fases de larva e
alevino. No período de cheia do Pantanal, torna-se predominantemente herbívoro,
sendo pastador e frugívoro pela disponibilidade e abundância de vegetação
submersa.
Dentre as iscas mais utilizadas
pelo pacu está o caranguejo é muito usado
nos rios do Pantanal, facilmente encontrada sob os camalotes e em aguapés que
se formam nas margens dos rios. Existem casas de iscas que são fiscalizadas
pelos órgãos ambientais e policia florestal, por isto é mais aconselhado
comprar os caranguejos ao invés de tentar captura-los. A vantagem do uso do
caranguejo é sua resistência dentro e fora d’água. Outras iscas como filé de
curimba azedo, tucum (coquinho), cabacinha, goiaba, frutas cítricas, jenipapo,
caramujo, soja, milho e massas, são muito apreciadas pelo pacu. Peixe de forte
dentição, ao fisga-lo, costuma tomar muita linha, bom de briga, famoso por
comer de tudo. A melhor época para pesca-lo é de fevereiro a outubro.
Os
pacus de cativeiro geralmente não ficam muito grandes, usar vara tamanho 5 ou 6
e linha de 0,20mm a 0,30mm, anzóis 2/0 a 5/0. Usar carretilhas e molinetes, agora
emoção mesmo é com varejão de bambu. Nas pescarias de rios é aconselhável
utilizar uma vara tamanho 6 e linha 0,30mm a 0,50mm e anzóis de tamanho 2/0 ou
3/0. Colocar um empate de aço de 10 a 15 cm, para o pacu não cortar a linha.
A
maior emoção que já experimentei foi quando fisguei um pacu de 4 quilos na
batida no Rio Miranda – MS. A sensação é inexplicável é misto de riso, choro e
grito pelo feito...adrenalina pura.
Aguardem dicas sobre outras espécies, como: dourado, piapara, pintado e etc.
Quais são as melhores iscas para atrair esses peixes
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