Prochilodus scrofa (lineatus) Steindachner, 1881. |
“curimbatá, corimba, curimba ou
papa-terra”
O curimba é considerado um dos peixes mais importantes e abundantes dos
rios das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, com maior frequência no
rio Paraguai e na porção superior da bacia do rio Paraná, principalmente nos
rios Grande, Pardo e Mogi-Guaçu. Em todas as regiões onde ocorre, é muito
utilizado na alimentação humana na forma de sashimi, frito (em posta ou filé)
ou assado. No ambiente natural é um ótimo forrageiro para as espécies de peixes
carnívoros.
Informações sobre o gênero Prochilodus
Informações sobre o gênero Prochilodus
Fonte: Programa Terra da Gente - EPTV (Link - http://bit.ly/IOMnIC) - Existem pelo menos 9 espécies de peixe do gênero
Prochilodus popularmente conhecidas, no Brasil, como curimbatá ou nomes
semelhantes (corimbatá, curimbatã, curimatá, curimatã):
P. lineatus - É o maior e um dos mais
conhecidos. Chega a 62 cm. Vive nas bacias do Paraná-Paraguai e Paraíba
do Sul. Tem especial importância na região dos rios Grande, Mogi-Guaçu e
Pardo, em São Paulo, porém as barragens construídas nesses rios hoje
atrapalham a piracema e prejudicam sua reprodução.
P. argenteus - Mede até 44 cm. É nativo da Bacia do São Francisco, mas foi introduzido em diversos rios do Nordeste.
P. brevis - Um dos menores, com apenas 27 cm. Vive em rios pequenos e médios da costa nordestina.
P. costatus - Atinge até 42 cm e é endêmico da Bacia do São Francisco. Foi introduzido no rio Jequitinhonha, em Minas Gerais.
P. hartii - Atinge até 34 cm. Ocorre apenas nos rios Pardo e Jequitinhonha, em São Paulo e Minas Gerais.
P. lacustris - Mede 32 cm e vive nos rios Parnaíba e Mearim, no Piauí e Maranhão.
P. nigricans - Tem até 37 cm. Ocorre na Bacia Amazônica, incluindo a Bacia do Tocantins.
P. rubrotaeniatus - Chega a 32 cm. Habita os rios Branco e Maraiuá, no norte do Amazonas e Roraima.
Foto: Programa Terra da Gente - EPTV. |
As espécies de Prochilodus são reofílicas e de grande porte — no geral,
alcançam cerca de 30 a 45 cm de comprimento e entre 0,6 e 1,2 kg, podendo
chegar a até 6 kg. São rústicas, de alta fecundidade, iliófagas (alimentam-se de lodo e de detritos que estão
ao fundo de lagos e rios) e de cadeia
alimentar curta.
Por pertencer a um baixo nível trófico na cadeia alimentar e ser bem
aceito pelos consumidores, o curimba é considerado um peixe com bom potencial
para a piscicultura nas regiões tropicais e subtropicais. É uma espécie para
ser criada com outros peixes de melhor valor comercial, entrando nos
policultivos como espécie secundária, na densidade de um peixe 10 m−2,
em consórcio com espécies como pacu, piavuçu, tilápia e carpas. Em experimentos
de policultivo semi-intensivo realizado por Doria & Leonhardt (1993) e por
Caetano Filho (1994) na Epuel, o curimba obteve incremento de peso da ordem de
300 a 400 g por ano. Ainda que não fosse um porte comercial esperado para a
espécie, houve contribuição para o incremento da biomassa total nos respectivos
experimentos (em torno de 0,7 kg m−2).
Esta tabela foi postada como informação
adicional, estes cálculos foram efetuados por Mauro Caetano Filho (1994) na
Epuel, em experimento de policultivo.
Um detalhe interessante sobre o curimba é a sua migração reprodutiva nos
rios do pantanal (principalmente no Miranda), são quilômetros de cardumes rio
acima e se torna um peixe muito piscoso e esportivo.
Bibliografia consultada: A BACIA DO RIO
TIBAGI – CAPÍTULO 30 – PISCICULTURA – LONDRINA – 2002. Autores: Júlio H.
Leonhardt, Heitor Frossard e Mauro Caetano Filho.
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