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ENGORDA DE PACU NA REGIÃO NORTE DO PARANÁ





Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887)
(pacu, pacu-caranha ou pacu-guassu)

    O pacu é uma espécie reofílica, que faz migração reprodutiva e trófica pela bacia do rio da Prata, mais especificamente nos rios Paraná e Paraguai, tendo ampla distribuição pelos rios do Pantanal. Tem regime alimentar onívoro: come frutos, folhas, flores, caranguejos, restos de peixes e outros animais mortos, assim como plâncton, nas fases de larva e alevino. No período de cheia do Pantanal, torna-se predominantemente herbívoro, sendo pastador e frugívoro pela disponibilidade e abundância de vegetação submersa. Dentre as características relevantes para a piscicultura, destacam-se, nessa espécie, a rusticidade, a precocidade e a cabeça relativamente pequena em relação ao corpo robusto, arredondado e pouco largo, o que proporciona um bom rendimento de carcaça. Ainda, é facilmente adaptável ao cativeiro, com grande potencialidade para a piscicultura, na qual pode ser criada em monocultivo ou como espécie principal em policultivo, atingindo cerca de 1 kg/ano. Aceita muito bem as rações balanceadas, já existindo dados experimentais a respeito de suas exigências nutricionais. Entre as espécies nativas, é provavelmente aquela que resultou na maior quantidade de trabalhos experimentais publicados, com produtividades em diferentes manejos variando de 1,5 a mais de 10 t ha ano.
    O método de produção sugerido para a criação do pacu deve ser feito em três etapas. A primeira deve ser realizada de dezembro a janeiro, com desova induzida, larvicultura e alevinagem; a segunda etapa, de fevereiro a setembro, com alta densidade de estocagem (recria ou segunda alevinagem); e a terceira, de outubro a abril, com baixa densidade (engorda). Em experimentos de policultivo realizados na Epuel (Dória & Leonhardt, 1993; Caetano-Filho & Leonhardt, 1994; Frossard et al., 2000), o pacu atingiu peso médio final entre 800 g e 1 kg, conversão alimentar variando de boa (1,6:1) a ruim (2,6:1) e produtividade em torno de 0,7 kg m2.

    Ótimos resultados foram obtidos em engorda realizada no período de 19/10/2011 a 11/5/2012, em três viveiros (M2, M3 e M4) de 1000 m2 e profundidade média de 1,5 metros. A estocagem foi com 1000 pacus/viveiro. Para a alimentação utilizou-se a ração Fish30%-5 mm da Cooperativa Integrada do Paraná, obtendo uma conversão alimentar média de 1,493:1. O crescimento absoluto de peso foi de 1026,936 quilos e o ganho de peso diário de 5,674 gramas no viveiro M2. Os valores de ganho de peso no viveiro M3 foram 1065,377 quilos e 5,886 gramas/dia por peixe. No viveiro M4 o ganho de peso absoluto foi 1110,800 quilos e 6,137 gramas/dia. Durante o período de engorda utilizou-se aeradores do tipo chafariz de 1,5 cv no período noturno. Os valores foram obtidos efetuando a despesca total e a pesagem de todos os indivíduos.



Pesos médios aferidos nas biometrias periódicas.


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